Dinâmica de herbicidas aplicados em pré-emergência sobre palha de cana-de-açúcar em diferentes regimes hÃdricos
Resumo
A manutenção da cobertura morta sobre o solo pode reduzir o potencial de infestação de plantas daninhas, assim como pode afetar a transposição dos herbicidas, a dinâmica de molhamento e a lavagem da palha pela água das chuvas. O trabalho teve como objetivos avaliar a dinâmica dos herbicidas diuron, metribuzin e tebuthiuron em diferentes regimes hÃdricos com e sem palha, e apontar as principais relações entre a presença ou ausência de palha na remoção dos herbicidas pela água da chuva e influência na eficácia de controle de plantas daninhas. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 6 x 3 x 2, com quatro repetições, onde foram testados seis nÃveis para o fator chuva simulada (testemunha, 0, 5, 10, 20 e 20 + 20 mm), três herbicidas (diuron a 2,0 kg ha-1; metribuzin a 1,92 kg ha-1 e tebuthiuron a 1,2 kg ha-) e duas quantidades de palha (0 e 10 t ha-1). Um dia após a aplicação dos herbicidas a palha foi removida dos vasos e as espécies Ipomoea grandifolia e Cucumis sativus foram semeadas, avaliando-se o controle aos 15 e 30 dias após a aplicação e 10 e 21 dias após a aplicação, respectivamente. O herbicida diuron foi menos eficaz nos tratamentos com palha em comparação ao metribuzin e tebuthiuron. A palha afetou de maneira significativa o controle das espécies I. grandifolia e . sativus pelos herbicidas na ausência de chuva simulada. Uma chuva de 20 mm foi suficiente para remover os herbicidas da palha para o solo e promover excelentes nÃveis de controle das plantas daninhas.