Sensibilidade de biótipos de azevém a glyphosate, iodossulfurom-metílico e clethodim

  • Jônatas Galvan Universidade de Passo Fundo
  • Leandro Oliveira da Costa UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
  • Mauro Antônio Rizzardi Universidade de Passo Fundo
  • Sabrina Tolotti Peruzzo Universidade de Passo Fundo

Resumo

O azevém (Lolium multiflorum) é uma gramínea anual, tradicionalmente utilizada como forrageira que se tornou planta daninha em lavouras no sul do Brasil. Tem-se observado biótipos de azevém, resistentes ao glyphosate, sobrevivendo à aplicação de herbicidas inibidores de ALS e ACCase. Assim, objetivou-se avaliar a sensibilidade de diferentes biótipos de azevém aos herbicidas glyphosate, iodosulfurom-metílico e clethodim. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em blocos casualizados, arranjo fatorial triplo com três repetições. Foram utilizados quatro biótipos de azevém, sendo: B1, suscetível ao glyphosate; B2, resistente ao glyphosate; B3 e B4, biótipos suspeitos de resistência ao iodosulfurom-metílico. As doses foram padronizadas em 0; 0,25; 0,5; 1; 2; 4 e 8 vezes as doses comerciais dos herbicidas glyphosate (1080 g ha-1e.a.), iodosulfurom-metílico (5 g ha-1 i.a.) e clethodim (96 g ha-1 i.a.). As variáveis avaliadas foram controle, em escala percentual, e massa seca da parte aérea (MSPA) das plantas aos 28 dias após a aplicação dos tratamentos (DAT). Com esses dados, foram calculados os parâmetros da equação, a partir dos quais, determinou-se a dose necessária para reduzir a MSPA em 50% em relação às plantas não tratadas (GR50) e o fator de resistência (F). Os biótipos B2, B3 e B4 obtiveram fatores de Resistência (F) acima de 10 em relação aos herbicidas glyphosate e iodosulfurom-metilico, destacando-se o biótipo B3, que além de possuir resistência a esses dois herbicidas, também demonstrou valor de F próximo do limiar para o clethodim, o que pode caracterizar um baixo nível de resistência a esse herbicida. Todos os biótipos, exceto o controle, foram resistentes aos herbicidas iodosulfurom-metílico e glyphosate, o que caracteriza a resistência múltipla a esses herbicidas. O herbicida clethodim pode ser uma alternativa para o controle de biótipos resistentes ao glyphosate e iodosulfurom-metílico, porém, deve-se ter atenção no manejo químico dessas populações, pois se identificou biótipos com baixo nível de resistência a esse herbicida.

Biografia do Autor

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Eng. Agrônomo e Biólogo, Mestre, Aluno de doutorado do PPGAgro-UPF, Passo Fundo-RS.
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Eng. Agrônomo, Mestre, Aluno de doutorado do PPGAgro-UPF, Passo Fundo-RS.
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Eng. Agrônomo, Dr., Professor do PPGAgro e da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária Universidade de Passo Fundo, Caixa Postal 611, 99052-900 Passo Fundo-RS.
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Eng. Agrônoma, Aluna de mestrado do PPGAgro-UPF, Passo Fundo-RS.
Publicado
2015-03-10
Como Citar
GALVAN, Jônatas et al. Sensibilidade de biótipos de azevém a glyphosate, iodossulfurom-metílico e clethodim. Revista Brasileira de Herbicidas, [S.l.], v. 14, n. 1, p. 47-53, mar. 2015. ISSN 2236-1065. Disponível em: <https://ojs.rbherbicidas.com.br/index.php/rbh/article/view/287>. Acesso em: 09 jan. 2025. doi: https://doi.org/10.7824/rbh.v14i1.287.
Seção
Resistência de plantas daninhas a herbicidas

Palavras-chave

resistência múltipla; fator de resistência; Lolium multiflorum