Glifosato e glufosinato como agentes seletivos para transformação genética de maracujá amarelo (Passiflora edulis f. Flavicarpa deg.)
Resumo
O maracujá amarelo é uma das espécies de maior interesse econômico da famÃlia Passifloraceae. A biotecnologia pode contribuir para solucionar alguns dos principais problemas que afetam o seu potencial produtivo, como murcha precoce e a suscetibilidade à bacteriose, assim como a criação de variedades mais produtivas. Neste contexto foi conduzido um experimento com o objetivo de avaliar os herbicidas glifosato e glufosinato como agentes seletivos para transformação genética de maracujá amarelo. Foi utilizado o meio de cultura Murashige & Skoog (1962) suplementado com as vitaminas B5, 30 g.L-1 de sacarose, 100 mg.L-1 de inositol, 1 mg.L-1 de BAP e solidificado com 2,6 g.L-1 de Phytagel_. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado e avaliados os experimentos de neoformação de gemas e rizogênese. Os tratamentos com glifosato para a neoformação de gemas corresponderam à s concentrações 0; 0,2; 0,4; 0,6; 0,8; 1,0 mg.L-1, que, para rizogênese foram 0; 0,05; 0,1; 0,15; 0,20; 0,30; 0,40 mg.L-1. No caso do glufosinato para a formação de gemas utilizou-se as concentrações 0,0; 0,2; 0,4; 0,6; 0,8 mg.L-1, e para a rizogênese 0,0; 0,1; 0,15; 0,20; 0,25 mg.L-1. A neoformação de gemas foi avaliada pelo número de explantes com gemas e o número médio de gemas por explante, e a rizogênese pelo número de ápices meristemáticos enraizados, o comprimento da maior raiz, o número de raÃzes primárias e a biomassa de raÃzes. Ambos os herbicidas glifosato e glufosinato foram eficientes na inibição da regeneração de brotos a uma baixa concentração (0,785 mg.L-1 e 0,768mg.L-1 respectivamente). Assim como na inibição do enraizamento (0,404 mg.L-1 e 0,249 mg.L-1 respectivamente). Isso permite a recomendação desses herbicidas como agentes seletivos na cultura de tecidos do maracujá para trabalhos de transferência gênica.