Eficácia e seletividade do herbicida 2,4-D, aplicado em diferentes doses, épocas e formulações em arroz irrigado
Resumo
Um experimento foi conduzido em campo, em duas estações de crescimento, na Estação Experimental de Itajaà da Epagri/SC (26°56'35"S e 48°45'37"W), nas safras 1996/97 e 1997/98, para avaliar a eficácia e seletividade de quatro doses, duas épocas de aplicação e duas formulações do herbicida 2,4-D em arroz irrigado, cultivar Epagri 108, no sistema pré-germinado. As duas épocas de aplicação foram em pós-emergência normal, arroz e plantas daninhas com 3-4 folhas, e pós-emergência tardia, 38-39 dias após a semeadura do arroz. As doses avaliadas foram: 2,4-D amina a 200, 400, 800 e 1200 g/ ha e.a. (equivalente ácido) e 2,4-D és ter a 56, 100, 112,200,224, 336 e 600 g/ha e.a. Geralmente, as doses mais elevadas de 2,4-D resultaram em sintomas de fitotoxicidade no arroz, em ambas as épocas de aplicação, mas variável entre safras. No entanto, a fitotoxicidade observada não afetou significativamente a esterilidade de espiguetas, pois as aplicações tardias foram efetuadas 20 a 30 dias antes do inÃcio do desenvolvimento das panÃculas do arroz. De maneira geral, observou-se que tanto a aplicação de 2,4-D éster como 2,4-D amina, aplicados nas doses de 100 g/ha e.a. da formulação éster e 200 g/ha e.a. da formulação amina, em pós-emergência normal, proporcionaram controle adequado de Fimbristylis miliacea. Ludwigia longifolia e L. octovalvis. A dose de 2,4-D necessária para o controle adequado de Heteranthera reniformis foi superior à requerida para as demais espécies presentes no experimento. Os resultados obtidos sugerem que a aplicação de 2,4-D, nas formulações amina ou éster, deve ser preferencialmente efetuada antes do perfilhamento do arroz e que sob tais condições podem ser utilizadas doses mais baixas com melhor controle das plantas daninhas e menor fitotoxicidade ao arroz.