ResÃduos e lixiviação do herbicida picloram em água, em área de cana-de-açúcar
Resumo
A região de Ribeirão Preto, SP, Brasil, é abastecida com água proveniente de mananciais subterrâneos advindos do aqüÃfero Guarani, importante lençol de água subterrânea da região centro-sul do paÃs. Na microbacia do Córrego do Espraiado, localizado nesta região, encontra-se um dos pontos de recarga desse aqüÃfero. Nesse local, com predomÃnio da cultura de cana-de-açúcar e presença de solo arenoso, a água se infiltra para camadas mais profundas do solo podendo lixiviar defensivos aplicados na superfÃcie, tornando-a vulnerável a essa exposição. O herbicida picloram é um dos produtos aplicados na cultura e para tal foi desenvolvido um método de análise de resÃduo do herbicida para amostras de água coletadas na microbacia no perÃodo de 1996 a 2001. A avaliação da tendência do produto alcançar camadas mais profundas do solo foi efetuada por análise cromatográfica e também por simulação de sistemas (CMLS-94-"Chemical Movement in Layered Soils") para melhor entender o comportamento do herbicida. O método analÃtico utilizado em cromatografia gasosa permitiu correlação de 98,0% entre a área dos picos e a concentração existente, indicando que foi altamente eficiente. Não foi encontrado resÃduo de piclorarn em água, nos anos de 1996 a 2001. Estudos com o modelo matemático indicaram as profundidades máximas finais registrados para o terceiro ano de 8,2 m para Areia Quartzosa cinza (AQ-Cin), 7,3 m para a Areia Quartzosa rosa (AQ-Ros) e 6,7 m para Areia Quartzosa amarela (AQ-Ama), seguidas pelos Latossolos Vermelho-Escuro (LE-Col, 5,7 m) e Roxo (LRCol, 5,3 m) indicando possibilidades de lixiviação do picloram.