Ecotoxicidade do 2,4-D a oligoquetas em função do tipo de solo

  • Daniel Gomes da Costa Mestrando em geotecnia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Centro Técnico-Científico, Departamento de Engenharia Civil. R. Marquês de São Vicente, 225 - Gávea, Rio de Janeiro - RJ, 22451-900. http://orcid.org/0000-0001-6909-359X
  • Tácio Mauro Pereira de Campos Professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Centro Técnico-Científico, Departamento de Engenharia Civil. R. Marquês de São Vicente, 225 - Gávea, Rio de Janeiro - RJ, 22451-900.
  • Ricardo Gonçalves Cesar Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Geociências. Departamento de Geografia. Laboratório de Ecologia e Ecotoxicologia de Solos. Av. Athos da Silveira Ramos, 274. Prédio do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, Bloco F - Ilha do Fundão, Rio de Janeiro - RJ, 21941-916.
  • Zuleica Carmen Castilhos Pesquisadora do Centro de Tecnologia Mineral, CETEM/MCTI. Coordenação de Processos Minerais/ Desenvolvimento Sustentável. Av. Pedro Calmon, 900. Cidade Universitária, Rio de Janeiro – RJ, 21941-908
  • Bianca Carolina Resende Carneiro da Rocha Bolsista de IC do Centro de Tecnologia Mineral, CETEM/MCTI.

Resumo

Apesar de classificado como extremamente tóxico, com possível ação neurotóxica, caráter teratogênico, e possivelmente carcinogênico, o herbicida 2,4-D ainda é bastante utilizado na agricultura, sendo seus efeitos ao meio ambiente constantemente estudados. O presente trabalho propõe a avaliação da ecotoxicidade deste herbicida em bioensaio com oligoquetas (Eisenia andrei) em quatro tipos de solos. Para tanto, ensaios de toxicidade aguda foram realizados com um solo sedimentar, dois coluvionares e um residual, previamente contaminados com soluções de concentração agronômica de 2,4-D. Não foram observados níveis significativos de mortalidade de animais, sugerindo baixa toxicidade aguda dos solos para os oligoquetas edáficos. Porém, os resultados revelaram que os menores níveis de toxicidade foram atrelados ao aspecto textural e a alta microporosidade, sendo o maior potencial tóxico atribuído ao solo arenoso formado basicamente por quartzo. Esses resultados deverão auxiliar o estabelecimento futuro de valores de referência tóxica capazes de refletir as ocorrências pedológicas brasileiras, subsidiando futuras avaliações de risco ecológico e a tomada de decisão em medidas de saúde ambiental.

 

Publicado
2015-09-10
Como Citar
COSTA, Daniel Gomes da et al. Ecotoxicidade do 2,4-D a oligoquetas em função do tipo de solo. Revista Brasileira de Herbicidas, [S.l.], v. 14, n. 3, p. 248-255, set. 2015. ISSN 2236-1065. Disponível em: <https://ojs.rbherbicidas.com.br/index.php/rbh/article/view/423>. Acesso em: 09 jan. 2025. doi: https://doi.org/10.7824/rbh.v14i3.423.
Seção
Ecotoxicologia ambiental

Palavras-chave

bioensaios; herbicida; solos